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PRODUTOS ADEQUADOS PARA MAQUIAR A PELE LIPÍDICA
MARIA HELENA MARTINS GARCES1
, NADINE JARONSKI1
, TÂNIA
PEREIRA BARBOSA1
SILVANI EMILIANO 2
RESUMO: Com os avanços tecnológicos os cosméticos de maquiar do século
XXI são altamente seguros e eficazes, com fatores de proteção solar, agentes
anti- rugas ou hidratantes. Atualmente maquiagem significa pele bonita e bem
cuidada. É importante saber escolher o produto apropriado para cada tipo de
pele. A pele lipídica ou oleosa é brilhante, espessa, possui poros dilatados e
visíveis. São adequados a esse tipo de pele os produtos oil-free, livres de
gordura; e de barreiras que possam obstruir os poros. O profissional tecnólogo
em estética e cosmética deve estar apto a identificar corretamente os
diferentes tipos de pele, sendo o objetivo desse artigo destacar os produtos
apropriados para maquiar a pele lipídica. De acordo com os autores citados, a
eficácia de uma maquiagem em pele lipídica é grande, desde que controlada
as variáveis, diferindo os tipos e características dessa pele.
Palavras chaves: pele lipídica, maquiagem, produtos adequados.
ABSTRACT: With the technological advances of the XXI century the makeup
cosmetics are highly safe and effective, with sun protection factors, anti-wrinkle
and moisturizing. Nowadays makeup means beautiful and well groomed skin. It
is important to know how to choose the appropriate product for each type of
skin. The lipid or oily skin is shiny, thick, and has large and visible pores. Are
suitable for this type of skin the oil and fat-free products, as well as those that
are free of barriers that can clog pores. The aesthetic and cosmetic professional
technologist must be able to correctly identify the different types of skin, and this
article aims to highlight the suitable makeup products for the lipid skin.
According to the authors cited in this article, the efficacy of a lipid skin makeup
is great as long as the variables are controlled, differing types and
characteristics of this skin.
Keywords: lipid skin, makeup, appropriate products.
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- INTRODUÇÃO
Conforme Molinos (2010), desde o início do século XX a boa aparência
tornou-se prioridade, e a maquiagem se destacou por auxiliar na melhora da
imagem pessoal da mulher. Com os avanços tecnológicos os cosméticos de
maquiar do século XXI são altamente seguros e eficazes, com fatores de
proteção solar, agentes anti- rugas ou hidratantes. Atualmente maquiagem
significa pele bonita e bem cuidada.
Cita De Maio (2004) que a pele lipídica ou oleosa tem textura grossa,
geralmente brilhante e untosa, apresenta poros dilatados. As glândulas
sebáceas produzem grande quantidade de óleo, o que resulta em uma pele
com aspecto luzidio, com comedões e cistos sebáceos. Segundo Espelho
(2012) por ser uma pele com brilho excessivo deve-se evitar maquiagem com
efeitos brilhante, e utilizar produtos com efeito opaco totalmente livre de óleo e
com textura seca. Já Gerson (2011) destaca que esse tipo de pele precisa de
produtos a base de água, chamados de aquosos.
Com base em dados bibliográficos este trabalho acadêmico tem como
objetivo geral destacar os produtos apropriados para maquiar a pele lipídica,
destacando os tipos de pele, e os cuidados pré e pós maquiagem.
É importante ressaltar que não é o objetivo desse trabalho a camuflagem
da pele lipídica acneica. - METODOLOGIA
Conforme Andrade (2003) metodologia trata-se de uma pesquisa
descritiva, onde os fatos ou situações são observados, analisados e
interpretados, sem que o pesquisador interfira neles, ou seja, os fenômenos
são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador. O presente
estudo será a princípio realizado através de uma revisão bibliográfica já
publicada em livros e artigos científicos relacionados ao tema.
3 - A PELE
Gerson (2011) descreve a pele como o maior órgão do corpo humano,
constituída de três camadas, epiderme, derme e hipoderme. (Conforme figura
01) Atua como uma forte barreira, desenvolvida para nos proteger contra
elementos externos. É mais grossa nas palmas das mãos e solas dos pés. Sua
parte mais fina está nas pálpebras.
Guirro & Guirro (2002) cita as principais funções da pele: proteção,
sensação, regulação do calor, excreção, secreção e absorção.
Figura 01. A pele – Fonte: http://www.dermatologia.net/novo/base/pelenormal.shtml
3.1 TIPOS DE PELE
Segundo Cezimbra (2005), identificar o tipo de pele a ser tratada é
importantíssimo na hora da seleção de cosméticos. A classificação da pele a
seguir foi descrita pelo autor De Maio (2004), como: normal, alípica, lipídica e
mista, de acordo com o tipo e quantidade das secreções encontradas na
superfície da pele.
Para Kede (2009) a pele normal possui uma textura lisa, suave e
flexível. Os orifícios pilossebáceos são pouco visíveis e as secreções sebáceas
e sudoríparas estão em equilíbrio. Caracteristicamente, é a pele infantil.
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Spencer (2009) relata que a pele seca tem poros fechados e nenhum
comedão, tem tendência a rugas finas, escamação e vermelhidão. São mais
escuras, podem parecer quebradiças e ou sem vida devido ao acúmulo de
células mortas e demonstra falta de óleo.
Conforme Gerson (2011) a pele mista pode ser oleosa e seca, ou oleosa
e normal, ao mesmo tempo. A região da testa, nariz e queixo são mais oleosas,
pois possui maior número de glândulas sebáceas e óstios maiores. As áreas
externas do rosto podem ser normais ou secas e apresentar descamação por
causa da desidratação ou do acúmulo de células mortas.
Gerson (2011) cita que a pele mista precisa ser equilibrada e requer
mais cuidados que a normal. Para cuidar da pele mista, o equilíbrio do óleo/
água pode ser adquirido tratando as áreas oleosas e secas do rosto. A
higienização diária e a esfoliação regular ajudam a manter a pele limpa e
minimizar as discromias. Os produtos à base de água são melhores para a pele
mista.
Segundo Molinos (2010) a pele lipídica ou oleosa é brilhante, espessa,
possui poros dilatados e visíveis. É possível perceber a concentração de brilho
constante na fronte, no nariz, na região do zigomático e sentir, no decorrer do
dia, o aumento de produção de gordura. Em média, a pele oleosa possui 1.200
glândulas sebáceas por cm². Ainda que diferentes tonalidades de pele possam
ser oleosas, normalmente, seu efeito é amarelado. Pode ter sulcos profundos e
linhas de expressão.
Spencer (2009) cita que esse tipo de pele é suscetível a comedões que
ocasionam discromias. A vantagem desse tipo de pele é que demora mais a
mostrar sinais de envelhecimento e tem maior elasticidade, portanto não fica
flácida tão rápido como outros tipos.
Gerson (2011) relata que é importante equilibrar a produção de óleo por
meio de tratamentos e produtos. A limpeza excessiva pode piorar a situação,
porque remove o manto ácido da pele e a irrita. Se a pele ficar sem óleo, ela
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perde seu equilíbrio. Isso faz que o mecanismo de proteção do corpo produza
óleo adicional para compensar a superfície seca.
3.2 TIPOS DE PELE OLEOSA
Gerson (2011) descreve os tipos de pele oleosa como lipídica
desidratada que tem a secreção sebácea aumentada e a sudorípara diminuída,
é espessa, com tendência a descamação e a “rugas” profundas, possuem
óstios profundos e abertos, brilho levemente opaco com textura levemente
áspera ao tato.
A pele lipídica seborreica conforme Gerson (2011) caracteriza-se por
apresentar secreção sebácea extremamente aumentada, lesões e aspecto
brilhante. Sua espessura esta aumentada e a textura granulosa. Os orifícios
pilossebáceos estão aumentados e há tendência ao tamponamento folicular
(formação comedões). É uma pele facilmente irritável e para fatores climáticos
ela é pouco resistente.
Gerson (2011) cita que a pele lipídica acneica, caracteriza-se por
apresentar manifestações inflamatórias devido à hiperatividade das glândulas
sebáceas, sendo diferenciada pela predominância de suas lesões cutâneas.
Apresenta óstios profundos, é espessa e tem textura rugosa em decorrência da
presença de comedões, pápulas, pústulas e cistos, é facilmente irritável, muito
sensível para fatores climáticos e pouco resistentes. Tem coloração
avermelhada com presença de eritema. - A MAQUIAGEM
Conforme Espelho (2012) a maquiagem é uma ferramenta que realça
nossa beleza natural. Maquiar-se é a arte de se embelezar e tem como objetivo
harmonizar o rosto, compondo um visual atraente e agradável. Uma
maquiagem bem-feita consegue até modificar o estado de espírito da pessoa,
dando-lhe maior segurança.
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Segundo Gerson (2011) apresenta o aspecto psicológico, algumas
mulheres acreditam que precisam da maquiagem para ficarem bonitas o
suficiente para estar em público, no entanto pode não ser uma atitude saudável
para a autoestima.
Molinos (2010) relata que a maquiagem não serve apenas para
embelezar, é um poderoso acessório que reforça o estilo pessoal, a
personalidade ou a atitude que queira ter num determinado dia, num certo
lugar. Não é preciso transformar a aparência por completo ou encaixar uma
nova máscara. Há infinitas possibilidades, atitudes, alternativas de se maquiar.
Deve-se dar preferência a aquela que fique melhor no rosto, que amenize o
que incomoda.
Para Cezimbra (2005) a maquiagem colore, realça, disfarça e corrige o
rosto. Ela oferece uma verdadeira arte do detalhe. O maior segredo está na
harmonia entre cores, formas, estilo e ocasião. A importância de uma boa
maquiagem é que ela realça os traços naturais do rosto, criando efeitos que o
iluminam e revelam a beleza, ao mesmo tempo em que podem encobrir
pequenas imperfeições.
4.1 PINCÉIS PARA MAQUIAGEM
Conforme Cezimbra (2005) há vários tipos e modelos de pincéis,
variando de acordo com o produto a ser aplicado no rosto. Os melhores
pincéis, apesar de mais caros, são os de cerdas naturais de lontra, marta,
pônei ou vison. As cerdas naturais possuem cutículas que distribuem melhor o
pó durante a aplicação. Já os de cerdas artificiais- em geral náilon, ásperas,
brilhantes e duras- não retêm o pó e o efeito da maquiagem não fica
homogêneo.
A mesma autora sugere que um bom pincel deve ter pelos naturais
arredondados e encaixe de metal anodizado ou de alumínio. Os de cabo
grosso e um pouco mais compridos facilitam o manuseio e dão mais segurança
ao maquiador. (CEZIMBRA, 2005).
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Para a aplicação da base o pincel deve possuir cerdas em forma
quadrangular, que possibilita ótima retenção da base, sem desperdiçar como
as esponjas. Desliza facilmente, preenche microfissuras e, consequentemente,
proporciona cobertura uniforme. (TORQUATTO, 2011)
Espelho (2012) cita que o maior pincel de maquiagem é o para pó, com
cerdas longas e volumosas. Spencer (2009) relata que o formato de cúpula
garante que o pó tenha uma aplicação homogênea no rosto inteiro, ao redor do
nariz e sob os olhos.
O pincel para blush deve ter suas cerdas mais curtas, abundantes e ser
um pouco mais espesso do que o pincel para pó. O formato ideal é o
chanfrado, mais anatômico. Deve estar sempre bem limpo, para não criar tons
mutantes com o uso. (CEZIMBRA, 2005).
Conforme Torquatto (2011) existem vários tipos de pincéis para a
aplicação de sombra, o de esponja é com espuma sintética na ponta, em vez
de pelos, para aplicação de sombra em pó, líquida ou creme. Espelho (2012)
relata que o chanfrado de cerdas firmes e cortado na diagonal serve para
aplicar sombra e/ou delineador ao longo dos cílios superiores e inferiores e
também para preencher as sobrancelhas, com sombra marrom-acinzentada
opaca.
O pincel de côncavo tem cerdas flexíveis, é chanfrado e levemente
achatado, usado para aplicar e esfumar a sombra, traços de lápis e delinear a
base dos cílios. O pincel para delinear é o mais fino de todos, utilizado para
fazer traços precisos e substitui o delineador quando usado úmido e com uma
sombra compacta. (ESPELHO, 2012).
O pincel para lábios deve ser achatado e de cerdas sintéticas, pois
preenche os lábios de maneira mais homogênea, dando maior durabilidade ao
batom. (ESPELHO, 2012).
O pincel fan ou leque deve ser largo para dar uma geral no rosto,
retirando pelos, poeiras coloridas e grânulos brilhantes no final da maquiagem.
(CEZIMBRA, 2005).
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4.2 PRODUTOS PARA MAQUIAR
Gerson (2011) relata que existem cosméticos de ótima qualidade, é
importante saber escolher bem o produto apropriado para cada tipo de pele. Os
produtos apresentam várias formas, sendo em pó, creme ou líquido.
Conforme o mesmo autor a base uniformiza o tom e a cor da pele,
esconde imperfeições e a protege contra os elementos do clima, poeira e
poluição. Os produtos sem óleo são chamados aquosos e geralmente dão um
acabamento mais opaco, ajudando a esconder pequenas marcas de
discromias, essas bases são indicadas para pele oleosa. (GERSON, 2011).
Segundo Spencer (2009) a base em pó é ótima para pele oleosa e é a
opção de aplicação mais rápida, base líquida é fácil de misturar e obter um
acabamento uniforme pode ser à base de água ou óleo e proporciona uma
camada média ou pesada. O hidratante colorido é uma base mais leve, ótima
em peles claras ou para o verão quando se quer uma base translúcida,
disponível em fórmula sem óleo para peles oleosas.
O corretivo é usado para cobrir discromias ou defeitos e podem ser
aplicados antes ou depois. São comercializados em potes ou bastões em uma
série de cores para combinar ou coordenar com o tom natural da pele. Os
corretivos podem conter hidratantes ou controlar a oleosidade, dependendo da
fórmula. (GERSON, 2011)
O pó facial segundo Gerson (2011) é usado para acrescentar um
acabamento opaco ao rosto. Enriquece a cor natural da pele, ajudando a
disfarçar pequenas discromias e a diminuir o brilho excessivo. Spencer (2009)
indica o pó translúcido branco ou em tons de pele para fixar a maquiagem e
controlar o brilho, não é usado para conferir cor.
Segundo Gerson (2011), o blush esta disponível em creme, líquido, seco
ou pó solto. Fornece um brilho natural ao rosto e ajuda a criar contornos faciais
atraentes. Não deve haver traços grosseiros na aplicação desse produto, pois
tem que apresentar um rubor natural a face. Spencer (2009) explica que o
blush é ótimo para peles oleosas, pois sua formula é sem óleo.
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Os lápis de contorno labial são usados para contornar e engrossar,
retendo a cor e impedindo que ela escorra. (GERSON, 2011). O lápis de
contorno geralmente é usado na maquiagem corretiva e pode ser fino ou
grosso. Alguns produtos têm o lápis em uma ponta e o batom na outra.
Spencer (2009) ressalta que o delineador labial define os lábios e prolonga a
duração do batom.
O batom ou gloss dá mais cor ao rosto e serve para harmonizar a
maquiagem. Quando é usado sozinho, o batom realça o rosto como nenhum
outro produto. Alguns contêm protetor solar para proteger os lábios de efeitos
prejudiciais do sol. A maioria contém hidratantes para impedir que os lábios
fiquem ressecados ou rachados. (GERSON, 2011). Segundo Spencer (2009)
os batons comercializados em forma líquida, de longa duração e forte
pigmentação, pode durar até seis horas e o gloss proporciona brilho, alguns
são elaborados para aumentar o volume labial.
Os olhos são os pontos focais da maquiagem salienta Gerson
(2011), e as sombras são usadas, para acentuá-los e contorná-los. São
comercializadas em todas as cores do arco-íris: tons quentes e frios, neutros e
brilhantes, claros e escuros. Algumas sombras em pó foram desenvolvidas
para serem usadas secas ou úmidas. Spencer (2009) cita que a sombra
compacta é vendida em diversas cores e variedades de finalizações, do fosco
ao brilhante.
O delineador é usado para contornar e enfatizar os olhos. Esta
disponível em lápis e na forma liquida ou compacta. Pode-se criar uma linha na
pálpebra perto dos cílios para fazer os olhos parecerem maiores e os cílios
mais cheios. O delineador de lápis é o mais usado. Os delineadores ou
sombras em pó podem ser aplicados úmidos ou secos. (GERSON, 2011).
As máscaras de cílios escurecem, definem e engrossam os cílios. Estão
disponíveis na forma líquida, em pó e cremosa e em vários tons e matrizes. A
máscara de cílios mais usada é a líquida, em preto ou marrom. Essas cores
enfatizam os cílios naturais, fazendo-os parecer mais grossos e longos.
(GERSON, 2011).
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4.3 CUIDADOS COM A PRÉ-MAQUIAGEM
Segundo Cezimbra (2005) para receber a maquiagem e fixá-la, o rosto
precisa estar limpo. Seja qual for o tipo de pele, o ideal é obedecer a uma
rotina de higienização diária (limpeza + tonificação), seguida por hidratação. O
ritual evita efeitos negativos como brilho ou a aparência envelhecida na hora da
maquiagem. A higienização e a hidratação devem ser feitas com produtos
escolhidos de acordo com o tipo de pele.
Spencer (2009) indica a aplicação do primer, pois ele suaviza a pele e
cria uma base protetora para a aplicação e o uso mais duradouro, de aparência
mais natural. Oferece suporte para que a maquiagem dure mais, pois cria uma
superfície suave e perfeita. Funciona muito bem, principalmente em peles
oleosas e mistas, pois controla o excesso de brilho e absorve a oleosidade.
Bezerra (2001) sugere que para conservar por mais tempo a
maquiagem, deve-se aplicar gelo no rosto e pescoço ou pulverizar água
mineral gelada e deixar secar naturalmente. Para que a maquiagem ganhe
aderência deve-se aplicar um tônico livre de óleo.
4.4 CUIDADOS PÓS-MAQUIAGEM
Steiner (2010) recomenda que a maquiagem deve ser cuidadosamente
retirada, para evitar obstrução dos óstios. Os produtos para higiene facial
devem ser específicos para cada tipo de pele, para não causar efeito rebote,
agravando ainda mais o problema. (ESPELHO, 2012).
Segundo Molinos (2010) pode-se usar cosméticos demaquilantes ou de
limpeza de pele e orienta que a sequência da higienização deve ser: limpar,
enxaguar, tonificar e hidratar. Indica a utilização de sabonete que produza
espuma, em todo o rosto, pescoço e cólo. O leite de limpeza deve ser aplicado
com algodão, nessas regiões, com a pele seca aplica-se o tônico, cuidando das
regiões como olhos e boca. Por fim, aplica-se o hidratante com protetor solar
fazendo movimentos ascendentes, e se for à noite, um creme nutritivo.
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4.5 A MAQUIAGEM PARA PELE LIPIDICA
Segundo Molinos (2010) são adequados a esse tipo de pele os produtos
oil-free, livres de gordura; e livres de barreiras que possam obstruir os poros,
que sejam então não-comedogênicos. Produtos em spray e gel são
formulações ideais.
A pele oleosa e mista precisam de produtos à base de água. Deve-se
evitar produtos cremosos ou oleosos. Normalmente, esse tipo de pele tolera
mais estimulação e produtos mais fortes. O tratamento para a pele oleosa pode
ser semelhante aos tratamentos para acne. (GERSON, 2011)
Já Espelho (2012) relata que os produtos que entrarem em contato com
essa pele devem ter efeito opaco, e ser totalmente livres de óleo, e as bases e
corretivos devem ser com textura mais seca. As bases são aquelas
comercializadas em bastão ou pó mineral, os lápis para sobrancelha ou sombra
opaca na cor marrom, rímel, lápis para contorno dos olhos e delineador todos a
prova d’água ou bem resistentes.
A mesma autora indica que as sombras e blushes devem ser
compactos e opacos; demaquilantes em gel ou fluído. Existem vários produtos
livres de óleo, antibrilho e reguladores da oleosidade, além de lencinhos
absorventes que ajudam a resolver o problema por até oito horas. (ESPELHO,
2012).
Spencer (2009) relata que não é possível evitar que a pele produza óleo,
este é um processo natural. Para minimizar o brilho, sugere usar um produto de
pré-maquiagem opaco que controla a oleosidade por mais tempo, ao invés de
utilizar o pó denso que acaba se acumulando e se tornando pastoso, aplica-se
um pó translúcido ou um pó matificante compacto, ambos controlam o brilho
sem que seja necessário usar muito produto.
Spencer (2009) indica utilizar entre as aplicações de pó lenços de papel
matificantes pressionando contra a pele por alguns segundos. Deve-se usar
bases compostas por água e não óleo, não recomenda-se base em pó, pois
deixa uma aparência irregular.
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- DISCUSSÃO
A importância de uma boa maquiagem é que ela realça os traços
naturais do rosto, criando efeitos que iluminam e revelam a beleza, ao mesmo
tempo em que pode disfarçar imperfeições.
É importante que o Tecnólogo em Estética consiga identificar os tipos de
peles para utilizar os produtos apropriados na hora de maquiar, como já
mencionado anteriormente os tipos de pele são: normal, seca, lipídica e mista.
De acordo com os autores citados nesse artigo, a eficácia de uma
maquiagem em pele lipídica é grande, desde que controlada as variáveis,
diferindo os tipos e características dessa pele.
Inicia-se a maquiagem com o primer, segundo Spencer (2009) o mesmo
é utilizado como pré- maquiagem controlando o excesso de brilho e criando
uma base protetora. Suaviza as linhas de expressão, fecha os poros e fixa a
maquiagem por mais tempo.
Os autores relatam que a base em bastão ou pó são indicados para pele
lipídica, porém na prática os profissionais dão preferência a base liquida que
confere uma cobertura mais natural e suave, camada fina e toque seco. Sua
aplicação é rápida, ajuda a manter a maquiagem por mais tempo e controla o
brilho.
O corretivo deve manter a aparência da pele natural, criando a correção
gradativa e cobrir imperfeições. Os corretivos podem conter hidratantes ou
controlar a oleosidade, dependendo da fórmula. (GERSON, 2011). O mais
indicado para pele oleosa é o corretivo liquido, sua formula é cremosa e fácil de
aplicar. (SPENCER, 2009).
O Objetivo do pó é dar um acabamento mais opaco e enriquecer a cor
natural da pele ajudando a disfarçar pequenas discromias, além de diminuir o
brilho excessivo. O pó matificante compacto e translúcido são ideais para pele
lipídica.
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O Blush ilumina e proporciona um brilho saudável e jovial, Spencer
(2009) cita que em gel é bastante translúcido e proporciona um brilho natural à
pele, é ótimo para peles oleosas, pois sua formula é sem óleo. Na prática o
mais indicado é o em pó de fácil uso e harmonização.
As sombras e batons que serão aplicados para finalizar a maquiagem
vão ser escolhidos de acordo com o evento. As cores utilizadas são
importantes para compor um visual harmônico e agradável. - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredita-se que seguindo as orientações dos autores citados nesse
artigo, é possível aplicar uma maquiagem correta e duradoura na pele lipídica,
desde que o profissional habilitado na área de tecnologia em estética e
cosmética, identifique corretamente o tipo de pele, e saiba quais os produtos
específicos para esse biótipo. O profissional deve ser curioso, e um
pesquisador nato do mercado de cosméticos, que a cada dia lança novos
produtos.
Sugere-se posteriormente continuar com os estudos sobre os
cosméticos adequados para maquiar a pele lipídica. Lembrando que são
escassas as referências comprometidas em relatar os produtos para maquiar
os diferentes tipos de pele. - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ANDRADE, MM. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 6ª ed. São
Paulo (SP): Atlas; 2003. - BEZERRA, Sandra Vasconcelos. Guia de produtos cosméticos. São Paulo:
Ed. SENAC, 2001. - CEZIMBRA, Marcia. Maquiagem: técnicas básicas, serviços profissionais e
mercado de trabalho. Rio de Janeiro: SENAC Nacional; 2005.
14 - DE MAIO. Tratado de Medicina estética. 1ª ed. São Paulo: Roca, 2004.
- ESPELHO, Paula. Pequeno livro de maquiagem: guia para toda hora/ Paula
Espelho – 4°Ed. – Campinas, SP: Verus; 2011. - GERSON, Joel – Fundamentos de Estética 4Milady`sStandart – São Paulo:
Cengagelearninig; 2011. - GUIRRO, E. GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. Barueri-SP:
Manole, 2004. - KEDE, M.P.V. Sabatovich. A Dermatologia Estética. São Paulo. Atheneu
2004. - MOLINOS, Duda. Maquiagem. 11ª ed. São Paulo: Editora SENAC SP; 2010.
- SPENCER, Kit. Maquiagem / O segredo dos profissionais. 1° ed. São
Paulo: Editora Marco Zero; 2011. - STEINER, Denise Beleza levada a sério. 3 ed. São Pulo: Rideel; 2010.
- TORQUATTO, Fernando. O Boticário, Maquiagem/ Fernando Torquatto.
Paraná, Curitiba: Posigraf; 2011.
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